O mercado de criptomoedas pode estar prestes a viver um novo rali impulsionado por dois fatores macroeconômicos decisivos: a queda do ouro e a expectativa de corte de juros nos Estados Unidos. Segundo analistas como Michaël van de Poppe, o recuo do metal precioso e o comportamento técnico do Bitcoin (BTC) e do Ethereum (ETH) apontam para uma retomada consistente de alta nas próximas semanas.
Bitcoin e Ethereum se aproximam de novas máximas
Enquanto o ouro perde força, o Bitcoin BTCUSD e o Ethereum ETHUSD caminham na direção oposta. Ambos se aproximam de níveis de resistência importantes e podem romper máximas históricas se o cenário macro confirmar as expectativas do mercado.
Michaël van de Poppe destacou que o ouro caiu cerca de 10% em uma semana, comportamento raro e que historicamente antecede ciclos de valorização em ativos de risco, como as criptomoedas.
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“Quando o ouro começa a cair e a estagnar, é geralmente o ponto em que o apetite por risco aumenta e foi assim no último ciclo de alta das altcoins”, afirmou o analista.
Esse movimento é interpretado como um indicador de migração de capital: investidores deixam posições defensivas, como ouro, para buscar ganhos em ativos de maior risco e potencial, como o Bitcoin, Ethereum e altcoins.
FOMC e corte de juros podem ser o estopim do rali
O grande catalisador da semana é a próxima decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed), marcada para quarta-feira (29).
O Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) deve avaliar um corte de 25 pontos-base na taxa básica de juros dos EUA medida que, se confirmada, pode reforçar o otimismo dos investidores.
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Cortes de juros tendem a aumentar o apetite por risco e a valorizar ativos alternativos, já que o custo de oportunidade de manter dinheiro em renda fixa se torna menor. O analista destacou que, “se o ouro continuar em retração e o FOMC sinalizar estímulos, o Bitcoin pode iniciar uma nova perna de alta e arrastar junto o restante do mercado cripto”.
Bitcoin mantém estrutura otimista
Tecnicamente, o Bitcoin está se mantendo acima de suportes-chave entre US$ 107 mil e US$ 110 mil, com resistência próxima de US$ 113 mil.
Caso o ativo feche acima dessa faixa, há espaço para buscar US$ 117 mil e, no médio prazo, até US$ 125 mil, o que configuraria uma reversão completa da correção anterior.
O analista explica que “a consolidação atual é saudável e normal antes de eventos importantes como o FOMC”. Ele acredita que o BTC “está próximo do fundo local e deve iniciar tendência de alta ao longo da semana”.
Ether pode alcançar US$ 5 mil com rompimento
O Ethereum (ETH) também mostra força e se aproxima de um ponto técnico decisivo. Van de Poppe acredita que, caso o Bitcoin confirme um novo impulso, o Ether pode rapidamente atingir US$ 5 mil valor que representaria uma valorização expressiva em relação ao patamar atual.
“Se o Ether romper sua máxima e o Bitcoin continuar subindo, veremos o ETH a US$ 5 mil e as altcoins decolando”, destacou.
A correlação entre o desempenho do Ethereum e das altcoins é alta, e uma recuperação sólida da segunda maior criptomoeda do mundo tende a reacender o interesse do varejo e dos investidores institucionais.
Ouro em queda favorece ativos de risco
A queda do ouro tem sido um dos principais fatores de alívio para o mercado cripto. Segundo o especialista, a retração do metal precioso é um sinal de que os investidores estão migrando para ativos com maior potencial de retorno.
Além disso, stablecoins lastreadas em ouro, como o PAXG, também foram impactadas, recuando mais de 7% na semana. Esse movimento reforça a tese de que o mercado está “rotacionando” para posições de risco e que o momento pode ser favorável ao Bitcoin, Ethereum e altcoins.
Altcoins entram no radar com alta correlação
Com a estabilização do Bitcoin e o fortalecimento do Ether, o setor de altcoins começa a ganhar tração. Tokens como SOL, LINK e AVAX já mostram sinais de recuperação, acompanhando o fluxo de capital de investidores que buscam oportunidades fora das grandes criptomoedas.
Van de Poppe observa que períodos de consolidação do ouro e de avanço do BTC/ETH costumam ser o gatilho para o início das altseasons, fases em que altcoins acumulam ganhos superiores ao Bitcoin.
Perspectiva: 2025 pode ser o início de um novo ciclo de alta
Apesar da volatilidade recente, o sentimento geral do mercado é de otimismo. O boletim da Ecoinometrics apontou que o Bitcoin ainda está 31% mais “barato” que as ações de tecnologia dos Estados Unidos, indicando potencial de valorização adicional caso a correlação entre os mercados volte a se estreitar.
Com expectativa de corte de juros, queda do ouro e fortalecimento técnico, os analistas acreditam que o Bitcoin e o Ethereum estão prestes a confirmar o início de um novo ciclo de alta, possivelmente estendendo-se até 2026.
Conclusão
A combinação de queda do ouro, expectativa de corte de juros pelo Fed e melhora do apetite por risco global cria o ambiente perfeito para a retomada do mercado cripto.
Se as previsões de Michaël van de Poppe se confirmarem, o Bitcoin pode superar novas máximas em breve e o Ethereum pode buscar os US$ 5 mil, inaugurando uma nova fase de crescimento para todo o ecossistema de criptomoedas.
