Mercado Livre amplia sua exposição ao Bitcoin com novo investimento milionário
A maior empresa de comércio eletrônico da América Latina, o Mercado Livre, deu mais um passo significativo rumo ao universo das criptomoedas. No primeiro trimestre de 2025, a companhia adquiriu 157,7 Bitcoins (BTC), conforme apontam registros enviados à SEC, a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA.
A compra representa um investimento de US$ 13 milhões, ao custo médio de US$ 82.381 por unidade, segundo dados do site Bitcoin Treasuries — referência na rastreabilidade de criptomoedas em tesouros corporativos.
Um total de 570 BTC em caixa: Mercado Livre entre os gigantes cripto
Com a nova aquisição, o Mercado Livre agora detém 570,4 BTC, somando os 412,7 BTC comprados em 2021. Ao preço atual de mercado, esse montante equivale a US$ 59 milhões, o que posiciona a empresa como a 33ª maior detentora de Bitcoin entre as companhias públicas do mundo.
O custo médio das participações é de US$ 38.569 por BTC, o que significa um ganho de aproximadamente 167% sobre o investimento inicial. Essa valorização evidencia a aposta certeira da empresa, que entrou no mercado de criptoativos em um momento de crescimento exponencial.
Estratégia de longo prazo: além do Bitcoin
O Mercado Livre não se limita apenas ao BTC. A empresa também possui 3.050 unidades de Ethereum (ETH) em seu portfólio, adquiridas ainda em 2021. Isso mostra uma estratégia diversificada e focada em ativos digitais consolidados, reconhecidos pelo mercado.
Esse movimento reforça o posicionamento da companhia como pioneira em inovação financeira na América Latina, buscando explorar novas tecnologias que podem impactar o futuro do dinheiro.
Um histórico sólido de envolvimento com criptomoedas
A trajetória do Mercado Livre com criptomoedas começou oficialmente em 2021, quando se tornou a primeira empresa pública da América Latina a investir em Bitcoin. Na época, a compra foi de US$ 7,8 milhões.
O passo seguinte foi oferecer, ainda em 2021, a possibilidade de compra e venda de criptoativos diretamente no app do Mercado Pago, facilitando o acesso de milhões de brasileiros ao mercado cripto.
Em 2022, a companhia deu mais um salto estratégico ao adquirir uma participação no grupo 2TM, controlador do Mercado Bitcoin, a maior exchange de criptomoedas do Brasil.
No mesmo ano, também lançou sua própria moeda digital, a Meli Coin, reforçando seu ecossistema de pagamentos com blockchain.
Custódia e confiança: compromisso com os clientes
Além dos ativos próprios, o Mercado Livre também passou a custodiar criptomoedas de seus usuários. Em setembro de 2023, a empresa comunicou à SEC que custodiava US$ 21 milhões em criptoativos de clientes da América Latina, um número que pode ter crescido ainda mais com o aumento do interesse pelo setor.
Essa atuação fortalece a imagem do Mercado Livre como um player confiável para a adoção de ativos digitais na região.
Marcos Galperin: visão de futuro e liberdade financeira
O fundador e CEO do Mercado Livre, Marcos Galperin, é um defensor declarado do Bitcoin. Ele afirma que a criptomoeda é uma resposta à expansão monetária dos bancos centrais e ao endividamento crescente dos governos.
“Quando observamos os déficits fiscais que existem em todos os governos do mundo, o fato de existir uma moeda que os governos não podem desvalorizar, como o Bitcoin, para mim, é algo absolutamente fundamental”, declarou Galperin.
Segundo ele, o BTC é uma ferramenta que promove a liberdade individual e a soberania financeira dos cidadãos, especialmente em contextos de instabilidade econômica e insegurança institucional.
O papel das criptomoedas no futuro financeiro
Para Galperin, as criptomoedas terão um papel essencial no futuro das finanças. Essa convicção é refletida nas decisões estratégicas do Mercado Livre, que vem se consolidando como um grande agente de transformação digital no setor financeiro latino-americano.
Ao apostar em ativos como Bitcoin e Ethereum, a empresa demonstra não apenas visão de longo prazo, mas também confiança na infraestrutura blockchain como base para uma nova economia digital.
Conclusão: Um movimento que sinaliza tendência
A recente compra de BTC pelo Mercado Livre reforça a tendência de adoção institucional das criptomoedas por grandes empresas. Mais do que uma simples aplicação, essa movimentação representa uma mudança de paradigma nas finanças corporativas da América Latina.
Com um portfólio cada vez mais robusto em criptoativos e soluções financeiras baseadas em blockchain, o Mercado Livre se posiciona na vanguarda de um mercado em constante evolução.
⚠️ Aviso Legal: Este conteúdo tem finalidade informativa e educacional. Não constitui recomendação de investimento. Sempre consulte um profissional financeiro antes de tomar decisões relacionadas a criptoativos.