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Bitcoin se Dissocia do S&P 500 e Pode Estar Perto de Reversão com Gap da CME Preenchido

Bitcoin se Dissocia do S&P 500 e Pode Estar Perto de Reversão com Gap da CME Preenchido

Bitcoin se Descola do Mercado Tradicional e Testa Suporte Técnico

O mercado de criptomoedas iniciou a terça-feira (21) em retração, operando com uma capitalização total de US$ 3,67 trilhões, uma queda de 2,3% nas últimas 24 horas, segundo dados da CoinMarketCap.
O Bitcoin (BTC) recuava 2,1%, sendo negociado próximo a US$ 108,4 mil, enquanto a dominância do BTC subia para 59%, reforçando o cenário de fuga de capital das altcoins.

Mesmo em queda, o comportamento recente do Bitcoin chama atenção: pela primeira vez em semanas, o ativo se dissociou dos índices acionários tradicionais, como o S&P 500 (+1,07%) e o Nasdaq (+1,37%), que encerraram o dia em alta.
Essa divergência mostra que o BTC está retomando seu próprio ritmo de preço, rompendo temporariamente a correlação com os mercados de ações americanos.


Saída de Capital e Força do Dólar Afetam o Mercado

A saída líquida de capital do setor cripto cerca de US$ 110 bilhões em apenas 24 horas foi impulsionada pela valorização do índice de força do dólar (DXY).
O fortalecimento da moeda americana refletiu as incertezas globais após o presidente Donald Trump ameaçar elevar tarifas sobre produtos chineses em 155%, intensificando a tensão comercial entre EUA e China.

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Essas medidas provocaram cautela nos investidores e uma redução de exposição a ativos de risco, especialmente após semanas de volatilidade causada pela crise bancária nos EUA e pelo “dump de Trump”, que já havia derrubado o Bitcoin na semana anterior.


Especialistas Apontam Gap da CME Como Fator Técnico da Queda

De acordo com o analista Ted Pillows, o movimento de baixa do Bitcoin representa o preenchimento do gap da CME, uma lacuna deixada durante o fechamento do mercado de derivativos no fim de semana.

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“O BTC está muito perto de preencher sua lacuna na CME, entre US$ 107.200 e US$ 107.400. Esse movimento técnico costuma ocorrer antes de novas altas, mas não espero uma recuperação forte imediata”, afirmou Pillows no X (antigo Twitter).

A teoria é reforçada pelo comportamento histórico do ativo: gaps da CME frequentemente funcionam como pontos de ajuste natural no gráfico de preços, marcando o fim de movimentos de correção e o início de novas tendências.


Índice do Medo Recua e Indica Possível Reversão

Enquanto o preço do Bitcoin recuava, o VIX, conhecido como “índice do medo”, caiu para 18,70 pontos (-10%), sinalizando uma redução do pânico entre investidores.
Esse dado é relevante porque o VIX mede a volatilidade esperada no mercado americano, e sua queda costuma anteceder períodos de estabilização nos ativos de risco incluindo o mercado cripto.

Mesmo com esse alívio no sentimento, os ETFs baseados em Bitcoin e Ethereum sofreram saídas líquidas de US$ 40,47 milhões e US$ 145,68 milhões, respectivamente, segundo a SoSoValue.
Ainda assim, analistas apontam que a redução do medo e a desaceleração das liquidações podem abrir espaço para uma recuperação técnica nas próximas sessões.


Mercado Futuro e Dados On-Chain Refletem Pressão de Venda

O relatório da Coinglass mostrou que o interesse aberto em futuros de criptomoedas caiu para US$ 150,96 bilhões (-2,6%), enquanto o volume total de negociações recuou 9,2%, para US$ 258,03 bilhões.

As liquidações de traders alavancados somaram US$ 319,79 milhões, sendo US$ 249 milhões em posições compradas (longs) e apenas US$ 70,9 milhões em posições vendidas (shorts) confirmando a vantagem para os ursos.

O Índice de Força Relativa (RSI) médio do mercado cripto estava em 43,78 pontos, refletindo pressão vendedora, mas ainda distante da zona de sobrevenda extrema.

Esses dados sugerem que o mercado passa por uma fase de ajuste e consolidação, e não necessariamente o início de um ciclo de baixa prolongado.


Altcoins Continuam Sob Pressão e Perdem Liquidez

O índice de altseason que mede a performance das 100 maiores altcoins em relação ao Bitcoin caiu para 26 pontos, sinalizando queda de liquidez e domínio do BTC.
A maioria das altcoins operava no vermelho, com FLOKI (-10,4%), CAKE (-9,9%), ETHFI (-8,9%) e FET (-8,5%) entre as maiores quedas.

Em contrapartida, alguns ativos mostraram resiliência e altas pontuais, como LIGHT (+38,9%), COAI (+36,3%), MYX (+12,4%) e ZEC (+10,4%), que se destacaram entre as mil maiores criptomoedas por capitalização.

No geral, o cenário de curto prazo ainda é de aversão ao risco, mas o recuo do índice do medo e o comportamento técnico do Bitcoin sugerem uma possível estabilização antes de um novo rali.


Bitcoin Mostra Força Mesmo Após Queda

Apesar da pressão de venda e das saídas de capital dos ETFs, o Bitcoin permanece resiliente em torno da faixa de US$ 107 mil a US$ 108 mil, demonstrando que ainda há forte defesa dos compradores nessa região.
Analistas apontam que, se o BTC conseguir se manter acima de US$ 107 mil, o mercado poderá reagir positivamente com alvos em US$ 111 mil e US$ 114 mil.

Além disso, o fato de o ativo ter se descolado do S&P 500 e do Nasdaq é visto como um sinal de maturidade, indicando que o Bitcoin pode estar consolidando um novo comportamento de mercado independente dos índices tradicionais.


Conclusão: Pressão de Curto Prazo, Mas Estrutura de Alta Ainda Válida

O mercado cripto enfrenta um momento de ajuste após semanas turbulentas, mas os sinais de alívio no índice do medo e o preenchimento do gap da CME indicam que o pior pode ter ficado para trás.

Enquanto altcoins seguem sob pressão e os ETFs sofrem saídas líquidas, o Bitcoin mostra resiliência técnica e mantém suporte acima de US$ 107 mil.
Se o padrão histórico se repetir, a próxima etapa pode ser um movimento de reversão e retomada da alta, especialmente se o sentimento do mercado continuar melhorando.

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