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Bitcoin ameaça romper US$ 108 mil com recorde de US$ 72 bilhões em futuros e risco de liquidação de posições vendidas

Bitcoin ameaça romper US$ 108 mil

Interesse aberto em futuros de Bitcoin atinge recorde histórico

O mercado de futuros de Bitcoin (BTC) atingiu um marco significativo em 20 de maio de 2025. O interesse aberto — valor total dos contratos em aberto que ainda não foram liquidados — subiu para impressionantes US$ 72 bilhões, superando o recorde anterior e representando um aumento de 8% em relação à semana anterior, quando estava em US$ 66,6 bilhões.

Esse movimento indica uma maior atividade especulativa e alavancagem no mercado, impulsionado principalmente por grandes investidores institucionais. Com a crescente participação institucional, a dinâmica do mercado de criptomoedas se torna cada vez mais sensível a movimentos de grande escala.

CME e Binance lideram com maior volume de contratos

Os dados mostram que a Chicago Mercantile Exchange (CME) continua a ser a principal plataforma de derivativos de Bitcoin, com US$ 16,9 bilhões em contratos abertos. Em seguida, a Binance aparece com US$ 12 bilhões em interesse aberto.

O domínio da CME reflete o interesse institucional crescente por instrumentos regulados e líquidos que permitam exposição ao preço do Bitcoin sem a necessidade de posse direta do ativo. A presença da Binance, por outro lado, evidencia a força do varejo e de investidores globais no ambiente cripto.

Posições vendidas vulneráveis entre US$ 107 mil e US$ 108 mil

A situação se torna mais interessante — e potencialmente explosiva — quando observamos a concentração de posições vendidas (shorts) entre os preços de US$ 107.000 e US$ 108.000. Estima-se que aproximadamente US$ 1,2 bilhão em shorts estejam nesta faixa.

Caso o Bitcoin ultrapasse os US$ 108 mil, essas posições poderão ser forçadas a serem liquidadas em cadeia, o que aumentaria ainda mais a pressão compradora e impulsionaria o preço rumo a novas máximas históricas.

O que pode desencadear um rompimento acima de US$ 108 mil?

Embora não seja possível prever exatamente o que impulsionará o rompimento técnico, fatores macroeconômicos e geopolíticos estão favorecendo ativos alternativos como o Bitcoin.

Nos Estados Unidos, cresce a preocupação com o desequilíbrio fiscal e o impasse político sobre a gestão da dívida pública. A falta de clareza sobre os rumos econômicos do país gera incertezas nos mercados tradicionais e incentiva a realocação de capital.

Além disso, os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA de 20 anos continuam elevados, chegando a 5%, o que indica fraca demanda por dívida pública de longo prazo. Com isso, aumenta a chance de o Federal Reserve precisar intervir nos mercados para estabilizar os rendimentos — uma medida que poderia pressionar ainda mais o dólar e reforçar o apelo do Bitcoin como reserva alternativa.

Bitcoin versus ouro: uma disputa por protagonismo

Historicamente, o ouro sempre foi a escolha padrão para proteção contra incertezas econômicas. Em 2025, o metal já acumula uma valorização de 24%, com uma capitalização de mercado de US$ 22 trilhões. No entanto, esse volume gigantesco também limita o potencial de valorização adicional no curto prazo.

Enquanto isso, o Bitcoin possui um valor de mercado de US$ 2,1 trilhões, semelhante ao da prata. Essa diferença de escala faz com que o BTC seja visto como um ativo mais dinâmico, com maior espaço para valorização à medida que novos investidores entram no mercado.

Migração de reservas de ouro para Bitcoin: um catalisador silencioso

Em algumas regiões, particularmente nos EUA, discussões sobre a realocação de reservas de ouro para Bitcoin começaram a ganhar força. Estima-se que uma transferência modesta de 5% das reservas em ouro para BTC poderia resultar em uma entrada de capital de US$ 105 bilhões, o que representa aproximadamente 1 milhão de BTC ao preço atual de US$ 105.000.

Essa possível mudança estratégica pode acelerar significativamente a valorização do Bitcoin e consolidá-lo como parte essencial das reservas soberanas e institucionais.

Michael Saylor e a força da compra institucional

O empresário Michael Saylor e sua empresa Strategy continuam liderando o movimento institucional em direção ao Bitcoin. Atualmente, a empresa detém 576.230 BTC, reforçando a convicção de que a criptomoeda continuará sendo uma reserva de valor sólida no longo prazo.

A estratégia agressiva de acumulação por parte de empresas listadas em bolsa reforça o argumento de que a demanda por Bitcoin está apenas começando. Quando combinada com liquidações de shorts e mudanças macroeconômicas, essa demanda pode criar o cenário ideal para o BTC alcançar novas máximas ainda em 2025.

Conclusão: BTC na porta de um novo ciclo de alta

Com o interesse aberto nos futuros de Bitcoin em níveis recordes, posições vendidas vulneráveis a liquidação, incertezas fiscais nos EUA e realocação de reservas em jogo, o BTC está prestes a viver mais um momento decisivo de sua trajetória.

Se o preço romper a resistência dos US$ 108 mil, a dinâmica do mercado pode acelerar rapidamente rumo a valores nunca antes registrados. Investidores institucionais já estão posicionados, e o mercado parece estar pronto para reagir.

Para quem acompanha o ecossistema cripto, os próximos dias serão cruciais — com o potencial de definir o ritmo do próximo grande rali do Bitcoin.


⚠️ Aviso importante

Este artigo tem caráter exclusivamente informativo. Nenhuma informação aqui apresentada deve ser considerada como aconselhamento financeiro, jurídico ou recomendação de investimento. Investir em criptomoedas envolve riscos significativos e pode não ser adequado para todos os perfis de investidor.

Sempre busque orientação com profissionais qualificados antes de tomar qualquer decisão financeira.