Bitcoin Pode Alcançar US$ 200.000 Mesmo Após Queda Histórica
O Bitcoin (BTC) pode estar se preparando para uma recuperação histórica, segundo o estrategista Geoff Kendrick, que prevê que a criptomoeda pode atingir US$ 200.000 até o fim de 2025, mesmo após o colapso recente do mercado.
O evento de liquidação de US$ 19 bilhões, ocorrido no fim de semana de 10 de outubro, derrubou o preço do BTC para US$ 104.000, a mínima dos últimos quatro meses. Ainda assim, Kendrick mantém uma visão otimista, afirmando que a correção atual “pode se transformar em uma das maiores oportunidades de compra do ano”.
“Minha previsão oficial é de US$ 200.000 até o fim do ano”, afirmou o analista durante a European Blockchain Convention 2025, em Barcelona.
Liquidação Recorde Abre Janela de Acumulação
O mercado cripto viveu um dos momentos mais intensos do ano com a liquidação em massa de US$ 19 bilhões, que gerou pânico entre traders e pressionou todo o setor. No entanto, para Kendrick, o movimento já começa a ser visto como uma fase natural de ajuste e acúmulo.
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Segundo ele, investidores institucionais e fundos de índice (ETFs) podem interpretar essa correção como o início de um novo ciclo de valorização.
“Os efeitos dessa liquidação devem se dissipar em algumas semanas. Quando isso acontecer, o mercado poderá ver esse episódio como o ponto de partida para a próxima grande alta”, destacou Kendrick.
Atualmente, o Bitcoin é negociado em torno de US$ 108.260, acumulando queda de 6% no mês, mas com sinais de estabilização nos indicadores técnicos e on-chain.
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Impacto das Tarifas de Trump e Política Monetária dos EUA
O contexto global ainda adiciona incerteza aos mercados. As novas ameaças tarifárias do presidente Donald Trump contra a China aumentaram a volatilidade nas bolsas e afetaram temporariamente os criptoativos.
Trump afirmou que pode elevar as tarifas de importação para 155% caso não haja acordo envolvendo terras raras — materiais essenciais para a indústria de tecnologia e veículos elétricos.
Apesar desse “barulho político”, Kendrick acredita que o corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) e o cenário macroeconômico devem favorecer o Bitcoin.
“Mesmo em um cenário pessimista, espero uma alta acima de US$ 150.000, desde que o Fed mantenha o ritmo de cortes nas taxas de juros”, disse.
ETFs e Ouro Devem Impulsionar o Bitcoin
Para Geoff Kendrick, o principal catalisador da próxima alta do Bitcoin serão os ETFs (fundos de índice) baseados na criptomoeda.
Ele destacou que a entrada constante de capital institucional deve sustentar o novo ciclo de valorização até o fim do ano.
“A correção atual está nos preparando para uma nova perna de alta, impulsionada pelos fluxos de entrada nos ETFs. Não há razão para que esses fluxos parem”, afirmou.
Segundo dados da Farside Investors, os ETFs de Bitcoin registraram entradas líquidas de US$ 477 milhões na última terça-feira, quebrando uma sequência de quatro dias de saídas.
Esse volume mostra que, mesmo com o clima político conturbado, os investidores continuam confiantes no potencial de longo prazo do ativo.
Kendrick também destacou que o ouro, que recentemente bateu recordes de preço, está servindo como referência positiva para o Bitcoin. A semelhança entre os dois ativos — ambos vistos como reservas de valor e proteção contra inflação — reforça o argumento de que o BTC pode seguir a mesma trajetória de valorização.
Bitcoin Ganha Força Com Tesourarias e Grandes Empresas
Outro fator que pode impulsionar o preço do Bitcoin é o crescente interesse de empresas globais em manter BTC em suas reservas.
Nas últimas semanas, a SpaceX movimentou US$ 257 milhões em Bitcoin, reacendendo o debate sobre sua estratégia cripto corporativa.
Além disso, duas das três maiores empresas da América Latina já possuem Bitcoin em caixa, consolidando o ativo como parte legítima das políticas de tesouraria corporativa.
Essa tendência tem sido observada desde 2023, mas ganhou novo fôlego após a aprovação dos ETFs spot e a entrada de gigantes como BlackRock e Fidelity no ecossistema cripto.
Liquidez, ETFs e Política Monetária Formam o Trio de Alta
Para Kendrick, três forças devem impulsionar o Bitcoin rumo aos US$ 200.000 até o fim de 2025:
- Fluxos crescentes em ETFs, trazendo liquidez e legitimidade institucional;
- Política monetária expansionista, com cortes de juros do Fed fortalecendo ativos de risco;
- Busca global por refúgios de valor, impulsionada pelo ouro e pela instabilidade geopolítica.
“O Bitcoin e o ouro compartilham a mesma narrativa de proteção. O fortalecimento do ouro é um sinal de que o mercado está pronto para valorizar também o Bitcoin”, explicou Kendrick.
Bitcoin Como Protagonista de 2025
Apesar da volatilidade e das incertezas políticas, o analista acredita que o Bitcoin está entrando em sua fase mais madura e sólida.
A expectativa é que o ativo se consolide como referência financeira global, tanto para investidores individuais quanto para instituições.
“Não estamos falando de uma especulação passageira, mas de uma mudança estrutural. A infraestrutura do Bitcoin, a entrada de capital via ETFs e o avanço regulatório tornam essa alta sustentável”, completou Kendrick.
Se a previsão se confirmar, o Bitcoin poderá mais do que dobrar de valor até o fim de 2025, ultrapassando US$ 200.000 e reafirmando seu papel como principal ativo digital do mundo.
Conclusão: A Queda Pode Ser o Início da Próxima Alta
O crash de US$ 19 bilhões pode ter assustado o mercado, mas para analistas como Geoff Kendrick, ele representa a limpeza necessária antes do próximo grande rali.
Com fundamentos técnicos e institucionais sólidos, entrada crescente em ETFs e narrativa global de proteção financeira, o Bitcoin parece estar se preparando para um novo ciclo de valorização que pode levá-lo a patamares históricos até o fim de 2025.
